quinta-feira, 17 de abril de 2014

Do vinil ao byte

A evolução musical - O novo modo de ouvir música.

Já se passaram mais de cem anos desde que Thomas Edison, conseguiu gravar e reproduzir sons através de sua invenção, o fonógrafo. Desde então o modo de se ouvir música tem se evoluído de uma forma extraordinária, principalmente na era digital, apesar de que em algumas situações em ordem inversa em relação à qualidade de áudio. Mas, com certeza o modo de nos relacionar com ela mudou e se perdeu no tempo o prazer que os velhos discos de vinil proporcionava em troca da praticidade dos novos conceitos de áudio do mundo contemporâneo.


A Invenção do Fonógrafo e sua evolução

thomas-edison-fonografo
Em 1877 Thomas Edison, o inventor da lâmpada elétrica, também avançava em outra tecnologia que permitiria gravar e reproduzir sons em um cilindro metálico, o fonógrafo, daí o nome indústria fonográfica (empresas especializadas em gravação e distribuição de mídias sonoras). Dez anos depois o alemão Emil Beliner desenvolveu a partir desta ideia, o gramofone, que servia par reproduzir sons gravados em discos planos, fabricados com goma-laca. Como os pré-históricos discos, eram mais para os Flinstones, os discos evoluíram e passaram a ser fabricado com um tipo de plástico chamado vinil em 1948, mais resistente a choques, de fácil de manuseio e com qualidade de som superior. Por isso dominou o mercado da música até aos anos 90. Como se ouvia música antigamente.

Apesar de hoje em dia, os discos de vinil não fazer mais parte do cotidiano, até mesmo desconhecido pela maioria dos jovens, ele era objeto cultuado até esta época. Ouvir música era muito mais do que simplesmente apertar uma tecla virtual play. Havia uma verdadeira cerimônia nessa hora. Os artistas lançavam suas músicas em chamados álbuns, gravados no Long Play, ou simplesmente LP, com cerca de doze faixas musicas, gravados nos dois lados do disco, denominados Lado A e Lado B. Os discos eram protegidos por capas que eram em sua maior parte uma obra de arte à parte. Os mais bem elaborados eram acompanhados por encartes (livretos) que contavam a história da produção além das letras das músicas com os respectivos dados técnicos referentes a cada música. Tudo isto, tornava o prazer de ouvir música, um ato multidimensional que estimulava além da audição, os sentidos da visão e tato, a um nível dificilmente alcançado pelas mídias atuais.

Invenção do Compact disc

No início dos anos 80, uma invenção prometia revolucionar a indústria fonográfica. Surgia dos esforços conjunto da Philips e Sony o disco compacto (compact disc em inglês), que popularizou como popular CD. Os discos de acrílico, junto com a tecnologia de digitalização das mídias, tinha como foco a reprodução de áudio cristalino, sem as impurezas inerentes de ouvir em um disco de vinil. A praticidade, a aparente eterna durabilidade, qualidade de áudio (para a maioria ouvintes comuns) e a queda substancial do valor de venda tanto dos CD's como os CD Player's (equipamento de reprodução de áudio digital), fizeram suas vendas dispararem e em menos de dez anos passados de seu lançamento, fazendo que as vendas dos CD's já superavam os discos de vinil, decretando sua quase extinção, que só não foram totalmente condenados aos museus por causa dos saudosistas de plantão que afirmam que nada se compara ao som do velho vinil. Tecnicamente dizem que a digitalização da música, cortam as frequências sonoras mais altas e baixas, eliminando harmônicos, ecos, batidas graves, "naturalidade" e espacialidade do som percebido por ouvidos mais atentos.
compact-disc

Streaming de áudio, a última fronteira

Até pouco tempo atrás, o MP3, uma das ramificações da digitalização da música era bem popular. A compactação dos arquivos digitais possibilita o armazenamento de uma quantidade maior destes nas mídias digitais, como em pen drives, Ipod’s e smartphones. Aos poucos estes dados passaram a ser armazenados em servidores, podendo ser acessados em qualquer lugar e hora na chamada computação nas nuvens. Atualmente esta operação possibilita a criação de plataforma de rádios online e os serviços de streaming de áudio, que transmitem a música em tempo real.
streaming
Algumas destas estão se tornando populares como Som13, Rdio, Deezer, Grooveshark, Superplayer entre outros. A possibilidade de montar as nossas velhas coleções de discos, visualizando suas capas é uma experiência fantástica, que nos abre um leque de opções quase ilimitado.

Uma caixa de surpresas

Independente da tecnologia escolhida, seja através dos “bolações” de vinil ou pelos bits de um som digitalizado ouvir música sempre foi uma boa pedida para relaxar em um mundo cada vez mais estressante. A nossa torcida é que a tecnologia possibilite um retorno aos velhos tempos em que se podia ouvir, ver e sentir a música, da mesma forma que nossos pais tinham o prazer de retirar o disco de capa, colocar no prato giratório, repousar a agulha de diamante na sua faixa predileta, admirar a capa como fosse uma obra de arte enquanto folheia o encarte que entre composições que contavam uma bela história que poderia ser a sua.
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

Um comentário: